Dia de Campo marca início das atividades do ParcIntec-Franca

Tecnologia facilita a vida dos produtores agrícolas e chega a Franca através da parceria Embrapa, Prefeitura Municipal de Franca e cooperativas da região

No dia 4 de setembro acontece o 1º Dia de Campo realizado pelo ParcIntec com apoio da Prefeitura Municipal de Franca, Cocapec, Coonai e Credicocapec. O assunto abordado será: instalação de fossas sépticas biodigestoras e cloradores. O evento começa às 8h, no Parque de Exposição Fernando Costa, com palestra dos técnicos dr. Wilson Tadeu Lopes da Silva e dr. Antonio Pereira de Novaes. Ás 9h30, no Sítio Santa Maria (estrada Franca-Jeriquara), o dr. Novaes demonstrará o processo de montagem da fossa. Todos os produtores rurais da região poderão participar. As inscrições serão no local a partir das 8 horas.

O objetivo da iniciativa é minimizar os casos de fossas negras, muito comuns nas propriedades rurais. Assim, a Embrapa Instrumentação Agropecuária descobriu uma fórmula simples e barata de tratar o esgoto na zona rural, onde falta saneamento básico: desviou a tubulação dos vasos sanitários para caixas de fibrocimento, nas quais os coliformes fecais são transformados em adubo orgânico, pelo processo de biodigestão. Esse sistema, chamado de fossa séptica biodigestora, foi desenvolvido para ser utilizado por produtores rurais, mas também está sendo empregado em condomínios residenciais localizados na zona rural, onde não há tratamento de esgoto e, portanto, os riscos de contaminação de solo e recursos hídricos por coliformes fecais são elevados.

De acordo com dados da FAO/ONU, a agricultura de base familiar reúne cerca de 14 milhões de pessoas, mais de 60% do total de agricultores, e detém 75% dos estabelecimentos agrícolas no Brasil. Nessas propriedades o uso de “fossas negras” é muito comum, porém, contaminam águas subterrâneas e, obviamente, os poços de água, sendo que a probabilidade de contaminação da população rural e, sobretudo, de contração de doenças, entre elas, salmonelose, hepatite, diarréia e cólera, é considerável. Segundo dados do IBGE de 2001, apenas cerca de 12% do esgoto rural recebe algum tipo de tratamento, mas em algumas regiões, como Norte e Nordeste, esta porcentagem se reduz ainda mais, atingindo pouco mais de 5%.

Dados do Ministério da Saúde revelam que a falta de água tratada e de esgoto sanitário compromete fortemente a saúde da população. Cerca de 75% das internações hospitalares estão relacionadas à falta de saneamento básico. Segundo o IPEA, no ano de 2000, o governo federal gastou R$ 1,1 bilhão em recursos direcionados para saneamento básico e meio ambiente.

O adubo orgânico líquido, gerado ao término do processo de biodigestão do esgoto doméstico, é rico em macro e micronutrientes e pode ser utilizado para complementar a adubação de NPK na ordem de aproximadamente 4.200 kg por ano. Estimando-se um preço médio de R$ 700,00 por tonelada da composição NPK, o uso do adubo orgânico líquido produzido pela fossa pode representar uma economia para o produtor em torno de R$ 3.000,00 ao ano com a aquisição de adubo. A Fossa Séptica Biodigestora ganhou o Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social de 2003 depois de concorrer com mais de 600 inscritos.

Serviço:
Dia de Campo: Fossa Séptica Biodigestora e Clorador de água
Data: 4 de setembro de 2008 (quinta-feira)
Programação:
8h às 8h30 - recepção, cadastro e café.
8h30 às 9h30 - palestra fossa séptica e clorador com os palestrantes dr. Wilson Tadeu Lopes da Silva e Dr. Antonio Pereira de Novaes (Embrapa Instrumentação Agropecuária de São Carlos)
9h45 - deslocamento para o Sítio Santa Maria, situado no km 2 da estrada Franca-Jeriquara, para acompanhamento da instalação da fossa séptica biodigestora e do clorador de água.


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